domingo, 11 de julho de 2010

2 comentários:

  1. Quando eu morrer... não lancem o meu cadáver
    No fosso de um sombrio cemitério...
    Odeio o mausoléu que espera o morto
    Como o viajante desse hotel funéreo.
    Corre nas veias negras desse mármore

    Quando eu morrer prefiro que me lance de um penhasco... porque? adoro voar.

    Quando eu morrer me jogue ao vento
    tenho alma borboleta.

    Quando eu morrer simplesmente me entregue ao mar.

    Quando eu morrer me levem flores de todas as cores... uma verdadeira primavera.
    Não quero que vistam de preto.
    Não quero lágrimas de ninguém.

    Quando eu morrer os homens continuarão sempre os mesmos.
    E hão de esquecer-se do meu caminho silencioso entre eles.
    Quando eu morrer os prantos e as alegrias permanecerão
    Todas as ânsias e inquietudes do mundo não se modificarão.

    Quando eu morrer a humanidade continuará a mesma.
    Porque nada sou, nada conto e nada tenho.
    Porque sou um grão de poeira perdido no infinito.

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  2. Se eu morresse amanhã eu levaria o gosto de muitas venturas Levaria o prazer das caminhadas matutinas
    pelos campos da minha terra,
    recebendo o beijo do sol, das árvores,
    das nascentes, dos passarinhos,
    das folhas farfalhando ao vento
    e do aroma inconfundível da natureza pura, intocada.

    Ah! levaria também o êxtase do nascer do sol dourando a praia
    e das vezes que este espetáculo, pela rara formosura,
    me fez chorar.

    Levaria gravado no espírito,
    o conhecimento dos muitos livros inspirados
    que me chegaram às mãos e que do
    "Supremo Arquiteto" vieram me falar .

    Levaria a lembrança dos amores que tive
    e não me pesa agora, saber que amada eu fui poucas vezes,
    mas importa saber que todas as vezes que o amor bateu à minha porta,
    a ele eu me entreguei por completo, sem nenhum medo de amar.

    Levaria o carinho e a fidelidade dos muitos amigos e amigas
    que fiz e de tudo o que, ao longo dos anos, pudemos compartilhar.

    Levaria recordações incríveis da minha infância
    e do carinho inigualável que permeou meu primeiro lar.

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