domingo, 11 de julho de 2010

Un perro negro es como una sensación oscura
acostado en la arena, sin sumergirse;
es solo sombra o que más puede ser?
Si no hay pájaros, ni cantos, ni carne,
porque no colocarle las gafas de sol?
porque dejarlo caer en la abrazadora marea luminosa,
completamente marcado, como mancha nocturna?
No, que se quede acostado,
con sus gafas y su pecho grande de perro de calle,
negro, de pelo negro,
de estarse lleno de lagunas,
continuamente solo, lunar,
y que si un día alguien vea,
sepa que caen,
a sus pies de pasajero manso,
la voz de acantilados voraces,
que sea de verdad la mirada,
la lenguaje, el ladrar.

Um comentário:

  1. PERRO PRETO

    Um cachorro preto é como uma sensação escura,
    deitado na areia, sem mergulhar-se;
    é apenas sombra ou o quê mais pode ser?
    Se não há pássaros, nem cantos, nem carne,
    por que não lhe colocar óculos escuros?
    Por que deixá-lo cair na abrasadora maré luminosa,
    completamente marcado, como mancha noturna?
    Não, que fique deitado,
    com seus óculos e seu peito grande de cachorro de rua,
    preto, de pêlo preto,
    de estar-se cheio de lacunas,
    continuamente só, lunar,
    e que se um dia alguém veja,
    saiba que caem,
    a seus passos de passageiro manso,
    a voz de íngremes vorazes,
    que seja de verdade o olhar,
    a linguagem, o ladrar.

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