quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Sentir.

Dói, mas dói muito. Alguém aí dê-me um analgésico para a alma, um band-aid que cubra os numerosos cortes que carrego dentro de mim. Talvez um cicatrizante. Ou morfina.

Parece que levaram as belezas que sempre estiveram comigo e agora preciso de transplante. Entrei na fila, quem souber de um doador de sentimento que me avise, o tempo urge e sem essa emoção confesso que sou incapaz de viver.

E que vazio é esse que parece rondar minha casa? Por que chegou assim? Por que não vai embora? Por que insiste em ficar?

Pensei que gosto de lágrima fosse salgado. É mais para o amargo mesmo. Pois meu paladar não se encontra na língua, e sim no peito. Aliás um peito que insiste em ter os cinco sentidos. Meu coração vê, escuta, tateia, lambe, cheira. Meu coração, de tão egoísta que é, quer ter todas as funções desse organismo caótico. Então acumula trabalhos, faz-me cansada, bate mais rápido.

Hoje chorei. Ontem chorei. E anteontem, e na semana passada, e no mês passado. Dizem que uma oração antes do sono ajuda. E quem não dorme? Faz o quê?

Falaram-me que crescer é doloroso. Porém, meu sofrer é de criança, de menina que ainda se apaixona pelos mais improváveis amores. Tentei de novo abrir mão dessa inocência. Não pude. Ou simplesmente não quis.

2 comentários:

  1. ué! agora vc me parece triste.
    Que situação, a muito tempo leio seu blog e me pergunto, isso é tristeza, felicidade ou ódio por alguém?

    Nessa ultima vc parece deprimida.
    Acabei de responder a de baixo e fiquei surpreso por esta que esta bem abaixo do "bem estar" do outro texto.
    mais uma vez eu digo que pode conversar comigo.
    basta pedir Melissinha.

    grande beijo.

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  2. Alma feminina tem dessas coisas...
    Prefiro acreditar que irei dormir
    e amanhã será melhor que foi hoje[ri]

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