quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma questão de sentir...

"Quando observamos da praia, um veleiro afastar-se da costa, navegando mar adentro, impulsionado pela força dos ventos, ele nos parece cada vez menor. De repente só podemos contemplar um pequeno ponto branco onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir no horizonte certamente exclamará ¨já se foi¨. Terá sumido? Evaporado?

Não certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo. Talvez, no exato instante em que alguém diz ¨se foi¨, haverá outras vozes, mais além, afirmar: ¨lá vem o veleiro¨. Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos ¨já se foi¨.

O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu, suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.

Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que,no mesmo instante em que dizemos ¨já se foi¨, no mais além, outro alguém dirá feliz ¨já está chegando¨.

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.

Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que resolve por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de chegadas e partidas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida para outros é a chegada.

Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajantes da imortalidade que somos todos nós.

Mell Castro








"Mistérios de mulher

O que eu escondo?
Não sei...
Poucas coisas
Bobas...
Algumas fortes...
Nem te conto.
Eu carregarei
eternamente sozinha...
Sou forte,sou capaz
de aguentar.
Quanto a ti não sei...
As mulheres são guerreiras
E silenciam quando precisam...
Compartilham o que podem
Dão o que tem.
Todas tem segredos
Amores violentos
Paixões interrompidas
Sonhos esquecidos...
Podem carregar dores,
mágoas
Mas não transparecem
a qualquer um.
Escolhem um homem
para amar .
Compartilhar alegrias
e sonhos
Algumas tristezas e medos...
Mas tem medos que são só delas.
Tem desejos que são secretos.
Lembranças que são ocultas...
Através de olhos sinceros.
Mas elas amam mesmo assim...
Se entregam,se dividem.
Acreditam,esperam.
Possuem um amor infinito
E outras coisas infinitas...
Que mal cabem dentro delas
Tão frágeis e sensíveis
Tão lobas e famintas...
*
*
Mell Castro



Meu santuário-

Caminho de sonhos
Santuário...
Pecado sagrado de fantasia e poema,
Razao sonho e emoçao.
Meu corpo santuário
Clama por teu pecado sem pudor.
Clama pela obscenidade de teus atos
Palavras desconexas, obscenas.
Nua de conceitos...
Entre velas e incensos...
Espero teus desejos...
Entre magias,poesias e malicias
Meus aromas afloram...
Despertando em ti vontades adormecidas.
Doce santuário,
Entre vinhos e juras
Calices e sons.
Estou lá onde me invento e faço
Esboço minha face
Desfaço se for preciso
Em meu caminho de sonhos
Meu santuário...

Um comentário:

  1. La vida a vuelto a sonreírme, porque con tu amor
    mi vida realmente a cambiado.
    Soy feliz que lo puedo decir cantando.
    En una palabra eres el amor que a llegado
    a mi vida, iluminándola con su luz y no podría
    ya vivirla si en ella no estas tú.

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