terça-feira, 24 de agosto de 2010

Devaneios...


CONTRADIÇÕES...


Percebi que não gosto tanto assim de ti
Meu doce desvio...considero que até pouco tempo atrás
Fui bastante feliz ao seu lado
Como sonhei... como planejei...
Ensinaste-me muito sabia?
Nesses sonhos navegando com você, seguindo atalhos
Do teclado entre emoticons, pequenos sorrisos de canto de boca
Ou ao meio de uma alta gargalhada
Que rompia por diversas vezes o silêncio e a solidão do meu quarto
Conheci pessoas incríveis...
E lugares paradisíacos...
Visitei as ilhas gregas...
E os vales do Nilo
Você me levou ao céu...
E me apresentou ao inferno.
As vezes ainda procuro
A inocência,a garota ingênua que morava em mim
Hoje me vejo estacionada no purgatório
Na dúvida...
Na incerteza...
Se vale ou não a pena...
Sigo ou não contigo?
Benefício da dúvida?
Será você apenas um vírus?
Que apareceu na minha telinha
E me deixou contaminada de você?
Sinto que realmente estou infectada
Com a maldição mais trágica:
Não ter saudades do "mundo real"...




Mell Castro
*
*
*


Meio a Meio


Era assim mesmo que ele estava
E tudo em mim do avesso
Avesso do começo

E o dia se fez noite
E a criatividade, pesadelo de não existir

As palavras da química não saem
Para uns dados fins...
Para outros...
Borbulhavam em soluções explosivas a todo momento.

Vicio**

Primeiro e último dos meus dias
Como água me faz falta...
Como droga me vicia...

Um vício
Uma batida
Um som
O do meu peito
Que bate descompassado
Com medos e certezas
E apenas algo me acalma:
....
As lembranças vêm a mil
Me fazem perder o sono me obriga
a querer manter meu vício, uma fissura que
insiste em ficar... nesse momento de total fragilidade
entre pirar ou não pirar...
pensar ou esquecer...
entregar ou não me entregar...
Entre devaneios penso:
Preciso tomar cuidado
Não com as doses
Mas com meu coração.
*
*
Mell Castro



Enquanto ando de lá pra cá
pensando no turbilhão dos acontecimentos
começo a perceber
que depois da nossa demorada conversa
voltei a escrever.

Depois da queda,
da loucura,
da paranóia,
do telefonema pude concluir que o mesmo
Não alimenta meus sentimentos, não ameniza a dor.
Mais colaborou e muito para destruir minha mente com pensamentos perversos
submersos nas maldades que os homens insistem em cometer...




. Um belo dia: ahhhhhhhhhhhhh!
Visto-me de cores
(das mais belas)
Agarro meus amores
(os mais quentes)
Esqueço meus pudores!
(os mais antigos)

Um belo dia: ahhhhhhhhhhhhh!
Saio numa sarabanda* louca
(pelas calles de Madri)
Beijando na boca
(dos muchachos febris)
Arrancando nossa roupa!
(nossos desejos pueris)

Um belo dia: ahhhhhhhhhhhhh!
Ponho-me a voar
(no céu da tua cama)
repetir, suspirar
(como quem clama)
por um suspiro vulgar
(de quem ama!).

Um belo dia: ahhhhhhhhhhhhh

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